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sábado, 4 de junho de 2011

Sobre o tempo

Como já dizia a música: “tudo o que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo, tudo muda o tempo todo”. Quantas coisas e oportunidades deixamos escapar ao longo de uma vida? Muitas delas sem motivo, somente por deixar o tempo passar. O grande problema, é que o tempo é impetuoso e breve e as oportunidades são viajantes perdidos.
Parar para pensar no amor que tanto se rejeitou e hoje se deseja mais que tudo, nas atitudes que deveriam ter sido tomadas ou nas cartas que poderiam ter sido lançadas naquele jogo. Tudo isso é como se o passado viesse materializado num carrasco tenebroso machucar o presente e o pensamento do que poderia ter sido, de como poderia ter sido é o sangue que escorrer sem parar.
Quantas vezes a prudência de esperar um pouco mais foi a porta para uma sala vazia, sem paredes ou chão? E quantas mais, a velha mania de deixar rolar, brotou mais tarde como um enorme sentimento de perda, seguido da petição desesperada e silenciosa: como eu queria...?
A parte do consolo, é que logo mais, amanhã, um novo dia irá nos trazer a oportunidade de um novo ciclo. Sim, porque o ciclo recomeça a cada dia, a chance perdida de ontem, o amor desperdiçado e tudo quanto foi deixado e abortado, se torna o impulso para um novo sonho, bem mais maduro e melhorado, no entanto agora, seguido de uma atitude.
Se hoje, o tempo te amar e te achar merecedor de um prêmio qualquer, não apenas abra os braços esperando por ele, mas agarre-o pela cintura, como se fosse a sua garota ou o seu garoto e dê você o abraço, daqueles apertados que não deixam escapar mesmo. Só não espere mais, porque o tempo vai passar e corações mudam, estações passam e o que é já não será.