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sábado, 20 de dezembro de 2008

Poemas Góticos.

Busco na solidão
O alívio para minha alma
No silêncio do meu espírito
Regozijo a paz
Tudo está passando
Bem diante dos meus olhos
Mas nada me importa
Nada me alcança
Não existe sentido
Não há o que possua valor
Meu sangue devasta as águas
Minhas lágrimas banham o solo
Apenas os restos mortais
Dos que desprezaram minha solidão
De todos que rejeitaram meu silêncio.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Quando me dei por acordada
Só via a tristeza
Até à pouco, acreditei na salvação
E nos bons sentimentos que ela me propunha
Mas me dei conta de que só estava dormindo
Um longo e mórbido sono amargo
O perfume que sinto agora
Me faz viajar pra longe
Mas é tudo passageiro
Tudo que vivo é efêmero demais
Se eu voltasse a dormir agora
Até poderia acreditar outra vez
Mas isso de que me adiantaria
A verdade não existe
Ela só foi inventada
Todos estão mentindo, é tudo que fazem
Enquanto isso, agora que despertei
Do sono maldito e enganador
Me distraio com minha ilusão preferida
Minhas doses surtem mais efeito
Que seus ensinamentos populares
Enquanto eles dormem acordados
Eu acordo pra dormir
Sempre e todo dia.

Poemas Góticos.

Muros19/10/2008

Por detrás destes muros que vês agora

Existe muito mais sangue e dor que se possa imaginar

O odor exala toda a podridão da alma

O escarlate mostra a vida que já se foi

O frio traduz a solidão dos ossos desconjuntados da carne agora

No interior de todo esse espaço murado

Não há mais nada que se possa chamar existente

Tudo está se decompondo lentamente

O som do vento só está reverberando a tristeza

Ninguém pode ver, nem pode sentir

Não há quem possa cogitar este fato

Os que aqui habitaram, já se foram

Sem nem olhar pra trás

Aqui, só a escuridão

Só a morte chegando

Somente os acordes do nada

Na sinfonia do inexistente

Por trás destes muros, de todos eles

Ainda há algo, que mais tarde já não será.