Visitante Nº

quinta-feira, 13 de maio de 2010



Eu fico aqui, sozinho
Vendo as horas frias e apáticas
Passarem lentamente
Meu quarto está escuro e a casa toda, vazia.
O silêncio me parece a mais bela melodia para a alma
Antes, em tempos mais dramáticos
Todo esse nada
Era como uma tortura cruel
As lágrimas testificavam meu sofrimento
Meus soluços, falavam pela dor
Mas o tempo, esse mesmo das horas frias e apáticas
Juntamente com alguns muros de verdades
Que tive que derribar
Me trouxeram a um estado mais brando
Certos estigmas permanecem
E a cada dia mais evidentes
No entanto, o fato de ser um louco
Para os demais
Já não me incomoda
Nem os rostos virados
E as vozes que poupam em dirigir a minha pessoa
Tudo parece tão combinatório e repetitivo
Tudo tão previsível
Que já não me faz diferença alguma.
Enquanto tudo gira e volta ao mesmo lugar
Eu fico aqui, sozinho
Magnificado com minha solidão mística
Envolto em belas letras e melodias
Usando de minha ciência
Preenchendo velhos diários
Saboreando o gosto da melancolia
E eis que as horas continuam a passar
Levando consigo toda sentido de minha existência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário